Para quem ama no escuro.

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domingo, 22 de março de 2015

Pode abrir a flor


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          Para Isabel de Ardilheiro, a minha vizinha

Preto e branco.
Mana a torneira saudades.
Diz a pele liberdade
e a palavra tem sentido de Nordés.

Vivo na lembrança assinalada.

Os cavalos da alvorada tendem terras
a povoar o encontro com as águas.
Sinos de brêtema  percorrem este alento.
Estremecido o  silêncio de tatuar
nas pétalas da ucronia.

Pode abrir a flor.
Ainda é tempo de sonhar a cor e dizer a brisa,
retornar em som,
ser campo ao sol e lar em lar,
cantar sorriso de paz
trocar colheitas com a vizinha Isabel,
deixar aberta a janela para o amor,
e recriar simbiose tenra.

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