Para quem ama no escuro.

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terça-feira, 31 de março de 2015

Confissão


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          Para Rubén Fenice

Confesso as mestiçagens que passeiam meu corpo,
e não apenas corpo, também meu espírito,
os adultérios todos que chegaram a ser-me
em cor, em linhas várias, em crenças e tempos.

Confesso-me de mundos e amores distantes,
de ecos, leituras, cantos e presenças;
sou de ausências tantas que doem como carícia
e de peles diversas e de paisagens muitas.

Pequena!, só terra na terra de mil cores
e bocados de ar, com múltiplos odores.

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