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Para Mónica Alzate e Juan Carlos Jaramillo
Entre a destruição e o cheiro a podre nascem flores de lama
e as luzes madrugam desde a lagoa a nós.
A barca do cacique porta brilhos gerados na utopia,
atestados com ouro de lei cerimonial
no umbigo do mundo, em Guatavita,
no labirinto do sol até a Anatólia, ao Sul.
É de ritos o nome desta terra e a pegada dos mares é canção.
Dizem alalás e dança o zipa na roda das troianas sem-papéis,
no batom dos beijos não nascidos, na entranha caribe dos keltoi.
Brota o berro velho e resplandecem as armas
e mana o suor de Potosí,
o alento agre,
bulício de látego,
ânsia de ar até as naves de fúria e sem-perdão.
A procissão dos visados sem cantares,
estremece a chuva deste som
e fundeia na vaga o sacrifício.
Na oficina do templo há um recibo,
na cova dos cambistas fica a dor.
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