Para quem ama no escuro.

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quarta-feira, 11 de março de 2015

A sétima onda


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          Para Samuel Pimenta


Ao som da avelaneira lateja a minha pele,
regressão vegetal ocupa ritmo e sombra.
Na dança da memória, sou luz a enraizar.

E a terra fecha sulcos
e a chuva abre fronteiras.

No útero salgado da onda passageira,
no retorno da vida,
há vozes minerais que dizem vento,
universos de flor a enfeitiçar.

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