Para quem ama no escuro.

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quarta-feira, 1 de abril de 2015

As rochas de Caleac



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          Para Óscar Varela

Falam os últimos sonhos da cabana.

À beira da tardinha ainda chama
até a saudade do bardo, por cantar
o cheiro a sal do último povoado
de lares tenros e voz perto do mar.

Dizemos hinos com vozes renascidas.
No castro alenta o verde coração,
e as ilhas tendem leitos de druida.
Volta a alvorada à casa do sentir,
carícias de harpa e povo a latejar.

Beija-me ainda e sempre sob os carvalhos
da terra boa na que temos raiz.
Revoltemos som de labirinto atlântico
neste tempo de tempos,
nas rochas de Caleac.

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