Para quem ama no escuro.
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Flores de Luz
4
Para Concha Rousia
Ninguém falara destas flores de luz
e dos tempos ainda de estrelas solitárias,
rude marinheiro, amigo, meu Simbad.
E eu fiquei na casa onde amaras,
longe das naves e as marés,
a escutar poemas de pedrinhas
e apanhar carícias com a mão,
a lamber as crisálidas dos filhos
e renascer sem extensos passaportes,
vistos brancos das terras da Guiné,
a florescer no oco derradeiro,
no vazio da bomba junto à flor.
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