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Para Pedro Mora
Até Oriente, então, na sem-fronteira,
cheguei a viajar no Expresso sem bagagem,
portada até o porto de Istambul,
minha terra dos dons e as confluências.
Entornou-nos a piscadela das paisagens
em cor vermelha de véu desde a mesquita
para orar à minha deusa Iemajá na fonte de Allah,
Salam, olho em amor.
Aqui achei assento de pastora,
útero de loba que acarinha o cordeiro das deusas,
e fiquei.
Passou o tempo, já resido.
Solicito reunificação familiar com as irmãs do mundo,
espécie homo de Eva e de Lilith.
No caminho perdemos a fronteira,
ás de Ocidente em borboleta
e quarto endereçado de leões.
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